Nesse último domingo, 16, João Fonseca de 18 anos conquistou o ATP 250 de Buenos Aires e empolgou os brasileiros com o seu futuro promissor. Além disso, foi elogiado por grande lendas do tênis, como Boris Becker, ex-número 1 do mundo e Carlos Alcaraz, atual número 3. No entanto, nem todos concordam com essa empolgação, em entrevista ao jornal ‘O Globo’, o alemão Alexander Zverev, atual número 2 do ranking da ATP, pediu cautela em meio à euforia gerada pelo título do brasileiro.
Zverev adotou um tom mais comedido. Ele revelou ter conversado com Fonseca na Argentina e o descreveu como “um garoto legal”, mas alertou para a necessidade de paciência em sua evolução: “Eu tive um caminho parecido com o dele. Idades semelhantes. Ele tem talento, caso contrário, não teria os resultados que está tendo”, afirmou o alemão.
O tenista enfatizou que João ainda está no início da trajetória e que é preciso evitar expectativas exageradas: “O mais importante é perceber: essas são apenas as primeiras etapas, e todos nós precisamos nos acalmar. Não significa que depois de amanhã eu vou ser o número um do mundo, vou ganhar 25 Grand Slams e ser o melhor jogador de todos os tempos.”
Número 2 do mundo, Zverev sobre o João Fonseca: “Eu tive uma situação parecida com ele (de evolução). O mais importante…. ele é talentoso, claro, se não ele não estaria vencendo os jogadores.
Eu falei com ele e ele parece ser um garoto bom, tudo ao seu redor parece ser bom. É… pic.twitter.com/pJnLYFwufg
— Break Point (@BreakPointBR) February 16, 2025
Zverev acredita que João ainda tem um longo caminho
Para Zverev, Fonseca tem tudo para se tornar um grande jogador, mas há um longo caminho a percorrer: “Ainda tem um longo processo para se tornar top 20, top 10, para competir por títulos de Masters e por Grand Slams. É tudo um processo, e ele está fazendo tudo certo.”
O alemão também destacou como o tênis segue revelando novas estrelas e citou João como um dos possíveis nomes do futuro: “Você sabe o que é o melhor no tênis? É sempre essa incerteza, mas sempre surgem novos superstars. Quando o Sampras e o Agassi se aposentaram, todo mundo pensou: ‘Ah, o tênis perdeu os superstars. Quem vai vir depois?’ De repente, o Roger (Federer), o Rafa (Nadal) e o Novak (Djokovic) apareceram.”
Além disso, ele mencionou os talentos da nova geração e projetou que novos nomes surgirão: “Mas já disseram: ‘Ah, para onde o tênis vai agora? Onde estão os novos superstars?’ Você tem o (Jannik) Sinner e o (Carlos) Alcaraz. Daqui a cinco anos, talvez alguém novo apareça.”
Zverev concluiu com uma visão otimista sobre o futuro do esporte: “Talvez o João jogue um tênis maravilhoso. Sempre há novos rostos. Sempre há novas oportunidades. O tênis vai estar bem enquanto o esporte existir.”
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