O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apelou à Suprema Corte para que a demissão de Hampton Dellinger seja permitida. Dellinger é chefe do Gabinete de Conselheiros Especiais dos EUA, uma agência independente que protege funcionários federais denunciantes de ações ilegais de pessoal, como por exemplo, retaliação.
Entenda o caso
- Dellinger, que foi indicado pelo ex-presidente Joe Biden, processou o governo Trump após ser demitido por e-mail alegando que a decisão violava uma lei que estipula que ele só pode ser demitido por mau desempenho no trabalho.
- Um juiz federal em Washington D.C. emitiu uma ordem temporária na quarta-feira (12/2) permitindo que o Dellinger mantenha seu cargo enquanto o caso está sendo considerado.
- Para a juíza distrital Amy Berman Jackson, a demissão violou a lei dos EUA que tenta garantir a independência da agência e protegê-la de interferência política.
- No sábado (15/2), um Tribunal de Apelações dos EUA rejeitou o pedido do governo Trump para anular a decisão do tribunal inferior
- Isso levou o Departamento de Justiça a entrar com um recurso de emergência na Suprema Corte, pedindo para que a demissão de Hampton Dellinger seja permitida.
O caso acontece após a demissão em massa de inspetores-gerais de várias agências federais e de milhares de funcionários públicos do país. A informação é da BBC News.
Um levantamento feito pela imprensa dos EUA estima que pelo menos 9,5 mil trabalhadores foram demitidos por Trump. Eles eram dos departamentos de Saúde e Serviços Humanos, Energia, Assuntos de Veteranos, Interior e Agricultura. Outros 75 mil aceitaram uma oferta de indenização para que saíssem voluntariamente, de acordo com a Casa Branca.
O corte de gastos públicos é administrado pelo Departamento de Eficiência do Governo (Doge, na sigla em inglês), liderado pelo bilionário Elon Musk.