Cigarreira passou a frequentar a Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, nas semanas seguintes à execução de Vinícius Gritzbach O traficante Emílio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como Cigarreira, voltou a ser visto no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, no último fim de semana. Integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), Castilho é apontado pela Polícia Civil de São Paulo como mandante do assassinato de Vinícius Gritzbach, executado no Aeroporto de Guarulhos após delatar membros da maior facção do país.
PCC e CV: Traficante acusado de mandar matar Gritzbach passou a ser visto em favela carioca nos dias seguintes ao crime
Autoridades em alerta: Trégua entre CV e PCC inclui rotas compartilhadas e combate às regras de penitenciárias federais
Como O GLOBO mostrou, Cigarreira passou a frequentar a Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, nas semanas seguintes ao crime. Neste domingo, segundo fontes da polícia fluminense, o bandido paulista esteve em um pagode na comunidade junto de traficantes do Comando Vermelho (CV).
A aproximação do integrante do PCC com criminosos do CV ocorre em meio às negociações para uma trégua envolvendo as facções. De acordo com as autoridades, Cigarreira cumpre um papel fundamental nas tratativas, atuando como uma espécie de elo entre os dois grupos.
O membro do PCC teria se refugiado na Vila Cruzeiro logo após a morte de Gritzbach. A comunidade faz parte do Complexo da Penha, um dos principais quartéis-generais do CV no estado. Homem-forte da facção carioca na atualidade, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, de 55 anos, vive no conjunto de favelas.
Castilho integrava o núcleo do PCC ligado a Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta, morto a tiros em dezembro de 2021. Gritzbach foi acusado de ser o mandante da morte de Cara Preta após dar um desfalque de R$ 300 milhões no criminoso, em uma negociação de criptomoedas. O assassinato do delator do PCC teria sido encomendado como uma vingança pessoal, de acordo com o secretário-executivo de Segurança Pública de São Paulo, Osvaldo Nico.
Morte de delator
Cigarreira é suspeito de ter articulado o assassinato de Gritzbach com a ajuda de Diego Amaral, o Didi, atualmente foragido na Bolívia. A força-tarefa da investigação sobre o caso avalia pedir apoio ao governo boliviano para capturá-lo.
No entanto, nem todos os integrantes da força-tarefa que investiga a morte do delator do PCC acreditam que Cigarreira seja o mandante do crime. Ele teria câncer e, em algumas operações policiais, chegou a ser procurado em hospitais, um indicativo de que estaria afastado das atividades criminosas. Além disso, não existiriam evidências ligando Cigarreira aos policiais militares implicados na execução.
Negociação entre facções
Ensaiada desde 2019, uma negociação entre o CV e o PCC selou uma trégua, agora em âmbito nacional, capitaneada por seus chefes máximos: Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, e Marco Willian Herbas Camacho, o Marcola. A informação foi publicada inicialmente pelo portal Metrópoles e confirmada pelo GLOBO.
Conhecidos como “salves”, os avisos internos do PCC de que agora é proibido matar integrantes da facção concorrente ou invadir território alheio começaram a pipocar por todo o Brasil na semana passada. O alerta se deu em especial em estados do Norte e Nordeste, onde o CV é predominante.
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Como O GLOBO mostrou, Cigarreira passou a frequentar a Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, nas semanas seguintes ao crime. Neste domingo, segundo fontes da polícia fluminense, o bandido paulista esteve em um pagode na comunidade junto de traficantes do Comando Vermelho (CV).
A aproximação do integrante do PCC com criminosos do CV ocorre em meio às negociações para uma trégua envolvendo as facções. De acordo com as autoridades, Cigarreira cumpre um papel fundamental nas tratativas, atuando como uma espécie de elo entre os dois grupos.
O membro do PCC teria se refugiado na Vila Cruzeiro logo após a morte de Gritzbach. A comunidade faz parte do Complexo da Penha, um dos principais quartéis-generais do CV no estado. Homem-forte da facção carioca na atualidade, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, de 55 anos, vive no conjunto de favelas.
Castilho integrava o núcleo do PCC ligado a Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta, morto a tiros em dezembro de 2021. Gritzbach foi acusado de ser o mandante da morte de Cara Preta após dar um desfalque de R$ 300 milhões no criminoso, em uma negociação de criptomoedas. O assassinato do delator do PCC teria sido encomendado como uma vingança pessoal, de acordo com o secretário-executivo de Segurança Pública de São Paulo, Osvaldo Nico.
Morte de delator
Cigarreira é suspeito de ter articulado o assassinato de Gritzbach com a ajuda de Diego Amaral, o Didi, atualmente foragido na Bolívia. A força-tarefa da investigação sobre o caso avalia pedir apoio ao governo boliviano para capturá-lo.
No entanto, nem todos os integrantes da força-tarefa que investiga a morte do delator do PCC acreditam que Cigarreira seja o mandante do crime. Ele teria câncer e, em algumas operações policiais, chegou a ser procurado em hospitais, um indicativo de que estaria afastado das atividades criminosas. Além disso, não existiriam evidências ligando Cigarreira aos policiais militares implicados na execução.
Negociação entre facções
Ensaiada desde 2019, uma negociação entre o CV e o PCC selou uma trégua, agora em âmbito nacional, capitaneada por seus chefes máximos: Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, e Marco Willian Herbas Camacho, o Marcola. A informação foi publicada inicialmente pelo portal Metrópoles e confirmada pelo GLOBO.
Conhecidos como “salves”, os avisos internos do PCC de que agora é proibido matar integrantes da facção concorrente ou invadir território alheio começaram a pipocar por todo o Brasil na semana passada. O alerta se deu em especial em estados do Norte e Nordeste, onde o CV é predominante.
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