Foi um caminho pedregoso, com muitos tropeços no início e pelo caminho, o percorrido pela seleção brasileira sub-20 para conquistar o Campeonato Sul-Americano da categoria no domingo, 16, em Caracas, na Venezuela. Após derrotar o Chile por 3 a 0, a equipe viu a Argentina — algozes da canarinho na estreia da competição, em goleada de 6 a 0 — ser superada pelo Paraguai por 3 a 2. Foi a 13ª vez que o Brasil ganhou a competição.
As duas partidas foram realizadas no Estádio José Antonio Anzoátegui, em Puerto La Cruz. Brasil e Chile entraram em campo um pouco mais cedo e Argentina x Paraguai foi o jogo de fundo. Deivid Washington, Pedrinho e Ricardo Mathias marcaram os gols do Brasil, que foi bastante superior ao Chile, principalmente no segundo tempo.
Assim que acabou o confronto contra os chilenos, os jogadores e comissão técnica da seleção brasileira, comandada por Ramon Menezes, ocuparam um setor das cadeiras do estádio para acompanhar o jogo da Argentina. Após o 3 a 0 no Chile, o Brasil só deixaria de ser campeão se os argentinos vencessem o Paraguai por diferença de quatro gols.
Com a vitória, a seleção somou 13 pontos no hexagonal final. Tinha vencido Uruguai (1 a 0), Colômbia (1 a 0), Paraguai (3 a 1) e empatado com a Argentina (1 a 1). Os argentinos ficaram em segundo lugar, com 10 pontos. A Colômbia terminou em terceiro e o Paraguai, em quarto. Essas três seleções e o Brasil se classificaram para a disputa do Mundial Sub-20, em setembro e outubro deste ano, no Chile.
Duras críticas
Se a proposta e postura da equipe na primeira fase justificaram duras críticas, a forma como ela reagiu, ao arrumar o setor defensivo, merece nota positiva. Os jogadores mostraram comprometimento em ganhar jogo a jogo, mesmo com diferença mínima, e exibindo um nível de concentração muito maior, tanto para conseguir vantagem, quanto para a sustentar.
“Do torneio, ficam a certeza de que o grupo consegue se mobilizar em prol de um resultado, e muitas dúvidas sobre como vamos lidar com as variações das principais seleções europeias, hoje, muito superiores as que enfrentamos”, analisa Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil.