Em
pleno
auge
que
antecede
o
Carnaval,
o
Rio
de
Janeiro
enfrentou
nesta
segunda-feira
(17)
temperaturas
superiores
a
40
ºC,
enquanto
as
autoridades
se
preparam
para
o
“verão
mais
quente
dos
últimos
anos”
na
cidade.
A
metrópole
de
6
milhões
de
habitantes
atingiu
pela
primeira
vez
o
quarto
dos
cinco
níveis
de
alerta
de
calor
estabelecidos
pelas
autoridades
municipais.
Segundo
esse
sistema,
implementado
em
junho
passado
e
baseado
tanto
na
temperatura
quanto
na
umidade
do
ar,
o
nível
4
se
caracteriza
por
temperaturas
entre
40
e
44
°C
que
devem
se
manter
por
pelo
menos
três
dias
consecutivos.
As
autoridades
devem
disponibilizar
para
a
população
locais
climatizados
ou
sombreados,
além
de
pontos
de
distribuição
de
água,
e
recomendam,
por
exemplo,
a
suspensão
da
atividade
física
nas
escolas.
O
Alerta
Rio
informou
uma
temperatura
máxima
de
44
graus
no
bairro
de
Guaratiba,
na
zona
oeste
da
cidade,
um
recorde
desde
o
início
das
medições,
em
2014.
O
recorde
anterior
datava
de
18
de
novembro
de
2023
(43,8
ºC),
também
em
Guaratiba.
Foi
no
dia
seguinte
à
morte
de
uma
fã
de
Taylor
Swift
durante
um
show
da
cantora
americana
no
Rio,
devido
a
um
“esgotamento
térmico”,
segundo
as
autoridades
locais.
“A
gente
está
esperando
o
verão
mais
quente
dos
últimos
anos”,
disse
à
AFP
Daniel
Soranz,
secretário
de
Saúde
do
Rio.
No
fim
de
semana,
as
praias
do
Rio
ficaram
lotadas
de
banhistas
em
busca
de
refresco,
enquanto
a
escola
de
samba
Beija-Flor
cancelou
um
ensaio
programado
para
ocorrer
em
Copacabana.
No
centro
da
cidade,
José
Ricardo
Rodrigues,
um
vendedor
ambulante
de
lanches,
posicionou
a
barraca
em
frente
à
entrada
de
um
prédio
comercial.
“Estou
aproveitando
o
ar-condicionado
do
prédio
e
bebo
muita
água.
Está
muito
quente,
não
aguento
mais”,
disse
à
AFP.
–
O
Carnaval
continua
–
Eduardo
Paes,
prefeito
do
Rio,
disse
no
domingo
que
nenhum
evento
será
cancelado
devido
às
altas
temperaturas
durante
o
Carnaval,
que
atrai
milhões
de
turistas
e
gera
receitas
bilionárias
para
a
cidade.
“Mas
é
óbvio
que
podemos
chamar
a
atenção
dos
participantes
para
dizer:
‘Bebam
mais
água,
se
hidratem
melhor,
tomem
cuidados…'”,
acrescentou.
Nas
semanas
anteriores
ao
Carnaval,
que
em
2025
ocorrerá
no
início
de
março,
a
capital
fluminense
é
tomada
pelos
tradicionais
blocos.
O
calor
se
intensifica
nas
favelas,
bairros
de
blocos
e
concreto
com
pouca
vegetação,
geralmente
localizados
em
colinas,
cujos
habitantes
estão
especialmente
expostos
às
ondas
de
calor.
Na
favela
Bateau
Mouche,
na
zona
oeste
do
Rio,
seus
habitantes
se
refrescavam
no
domingo
com
jatos
de
mangueira,
e
um
jornalista
da
AFP
viu
um
idoso
desmaiar
devido
às
altas
temperaturas.
Em
janeiro,
mais
de
3
mil
pessoas
foram
atendidas
pelos
serviços
municipais
de
emergência
devido
ao
calor
intenso,
em
particular
por
casos
de
queimaduras
na
pele
causadas
pela
exposição
ao
sol
ou
desidratação,
explicou
Soranz.
“É
quase
o
dobro
de
número
de
atendimentos
dos
anos
anteriores.
A
gente
tem
uma
média
de
1.600,
1.700
atendimentos
dos
anos
anteriores”,
acrescentou.
Nos
últimos
anos,
o
Brasil
tem
sido
muito
afetado
por
eventos
climáticos
extremos,
desde
inundações
até
secas
e
incêndios,
muitos
dos
quais
são
atribuídos
ao
aquecimento
global.
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