Uma
mulher
de
Rondônia
deu
à
luz
em
Goiânia,
na
última
quinta-feira
(13/2),
a
gêmeas
siamesas
unidas
pelo
tórax
e
pelo
abdômen.
De
acordo
com
o
que
contou
ao
Correio
o
cirurgião-pediátrico
Zacharias
Calil,
que
realizou
o
parto,
a
cesariana
“foi
tranquila
e
não
teve
intercorrências”.
As
bebês
Nathaly
e
Rhadassa
aguardam,
agora,
em
Unidade
de
Terapia
Intensiva
(UTI),
a
fim
de
se
estabilizarem.
Segundo
o
médico,
especialista
em
separação
de
gêmeos
siameses,
as
irmãs
“nasceram
chorando,
apesar
da
prematuridade”.
Após
o
nascimento,
elas
foram
entubadas
pela
equipe
de
pediatria
neonatal
e
encaminhadas
à
UTI,
a
fim
de
serem
avaliadas
por
profissional
de
cardiologia
que
determine
a
condição
de separação,
se
possível.
“Elas
continuam
entubadas,
respirando
por
aparelhos,
mas
estáveis”,
conta
Calil.
A
primeira
suspeita,
segundo
ele,
era
de
que,
além
de
tórax
e
abdômen, o
coração
fosse único.
Após
a
primeira
avaliação
cardiológica
foi
possível
observar
princípio
de
separação
do
órgão
vital,
mas ela
não
é
certa,
pois
as
bebês
ainda
são
muito
pequenas.
“Ainda
não
se
sabe
se
há
uma
união
e
não
dar
para
ter
uma
certeza.
Vai
depender
da
evolução
delas,
ganhando
peso”,
confirma
o
cirurgião.
“Qualquer
exame
agora
é
prejudicial,
pois
vai
tirá-las
da
UTI.”
O
especialista
dá
o
exemplo
de
outro
caso
de
gêmeas
siamesas
acompanhadas
por
ele,
que
se
preparam
neste
momento
para
a
separação
após
cerca
de
um
ano
do
nascimento.
De
São
Paulo,
estas
irmãs,
cujo
caso
é
mais
complicado
do
que
o
de
Nathaly
e
Rhadassa —
além
de
tórax
e
abdômen,
são
unidas
pela
bacia
—
estão
também
em
Goiás
para
o
processo
guiado
por
Calil.
De
Rondônia
a
Goiás
Apesar
de
existirem,
em
Rondônia,
programas
que
atendem
gestantes
de
alto
e
muito
alto
risco,
o
caso
de
Valdinéia
Satil,
mãe
de
Nathaly
e
Rhadassa,
era
muito
específico
e
necessitava
de
transferência
para
outro
estado.
Ela
descobriu,
então,
por
meio
da
internet,
a
referência
do
doutor
Zacharias
Calil
nesta
área.
A
rondoniense
entrou
com
recurso
e
pediu
ajuda
para
o
governo,
por
meio
do
SUS.
Ela
foi
a
Goiânia
acompanhada
pela
mãe,
e
entrou
em
trabalho
de
parto
por
volta
das
32
semanas
—
como
geralmente
é
o
caso
de
gestantes
de
siameses,
que
na
maioria
das
vezes
nascem
prematuros,
conforme
explica
o
especialista. Após
o
parto,
Calil
diz
que
Validinéia
se
encontra
bem.