A Câmara dos Deputados deve gastar quase R$ 2 milhões com café em pó.
Conforme o pedido, a encomenda prevê “mínimo de 85% de café arábica, podendo ser adicionado até o máximo de 15% de café conilon”.
“A aquisição visa suprir, pelo período de seis meses, o estoque de café distribuído pela Coordenação de Logística de Materiais às copas da Câmara dos Deputados, para o atendimento da demanda de autoridades, servidores, colaboradores e visitantes”, informou a Casa, no pedido.
De acordo com a Casa, a solicitação “não se enquadra como sendo bem de luxo”.
Café, Câmara e custo do Parlamento
O Congresso Nacional custa quase R$ 14 bilhões por ano. Ou cerca de R$ 40 milhões por dia. É o segundo Parlamento mais caro do planeta, depois dos Estados Unidos. Esse valor corresponde às despesas para o funcionamento das duas Casas, independentemente de dias em que há expediente ou recesso.
A maior parte do orçamento do Legislativo é direcionada ao pagamento dos salários e dos benefícios de congressistas e servidores: R$ 6,5 bilhões. Só para assistência médica e odontológica, a verba disponível é de cerca de R$ 500 milhões. O segundo maior gasto é com aposentadorias e pensões, que totalizam R$ 5,5 bilhões.
Ao todo, o Congresso tem 20 mil servidores. A Câmara é quem mais abriga funcionários: 15 mil comissionados, efetivos (concursados) e estagiários. O maior grupo é formado pelos assessores dos gabinetes (pouco mais de 10 mil), também conhecidos como secretários parlamentares. No Senado, há 6,1 mil servidores. A maioria, 4,1 mil, é comissionada. O gasto com cada um dos parlamentares corresponde a aproximadamente 530 vezes a renda média dos brasileiros.
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